quarta-feira, 3 de outubro de 2007

SATISFACTION

Sempre me considerei uma pessoa de bom gosto musical, sem ser uma grande entendedora do assunto, exceto numa época em que trabalhei numa loja de CDs (início dos anos 90, numa era pré mp3, ipods, etc.) que tinha um acervo de respeito, um excelente gerente e ótimo comprador, clientes de alto nível, o que contribuiu muito para refinar meu ouvido. Sem falar nas boas referências passadas pela minha mãe, minha irmã e amigos em geral, alguns deles músicos. Nunca esqueço do primeiro LP que comprei, aos 11 anos, quando fui pra Disney: Sticky Fingers, Rolling Stones, edição com direito a zíper na capa. Bem, tudo isso pra dizer que venho me surpreendendo comigo mesma nos últimos tempos. Troco facilmente um Radiohead por um John Legend (hit da novela das 8), um Coldplay pelo Celso Fonseca (Se ela dança, eu danço - versão "bossa noveada"), uma Marisa Monte pelo James Blunt ou pelo Jack Johnson, e por aí vai. Só sonzinho que, nos velhos tempos, eu chamaria de "mela cueca". Talvez seja só uma fase, talvez não. Mas uma coisa não muda: o arrepio na espinha e a agitação no cérebro que sinto quando ouço a voz do meu querido Mick Jagger. Esse sim, sempre vai me fazer feliz, até eu ficar velhinha, que nem ele tá ficando.

4 comentários:

Anônimo disse...

Oi Ale!
Acho que, assim como os problemas referidos na postagem anterior, a música também é classificada por algum critério na nossa vida. Assim, temos músicas que são pra ouvir prestando atenção, músicas pra dançar, pra se divertir, pra refletir (p. ex, ouvir Miles Davis batendo um papo é quase sacrilégio). Talvez o interesse por músicas "sem interesse" seja só um indicativo de que há coisas mais importantes no momento.
Beijo!

ale disse...

Guga, tens toda razão. Como tu é sensata, amiga! Tô precisando de pessoas assim ultimamente, que me digam coisas esclarecedoras. Brigada pela visita e volte sempre! bj

Loja Pick Up disse...

Ale, o gosto muda, os dias mudam, tudo muda. E a gente revê, incorpora, e tira também algumas coisas do repertório, pra sempre ou só por enquanto. E acho que o comentário da tua amiga Guga tá certíssimo. Brabo mesmo é quando a gente se pega cantarolando "hoje é festa lá no meu apê" ou "sou a Barbie Girl". Aconteceu comigo, e acho que aí já é caso pra internação. Bjs

ale disse...

É verdade, é caso de internação. Pensei em concluir meu post com uma frase tipo essa, mas esqueci (isso que dá ficar pensando o que postar no trânsito, no banho.. na hora que vai escrever, esquece o que tinha pensado). Músicas infantis são chicle de ouvido total. Não, e pior: o hino do RS, que a Marina canta inteirinho, perfeito e mais ou menos 10 vezes ao dia!! "Como a aurora precrsora, do farol da divindade...." Socorro! bj