PRAZER E PROSA

Hoje fiquei sabendo que existe um estudo a respeito do prazer provocado pela conversa. Conversa entre mulheres. Explicando melhor: nós, mulheres liberamos uma substância do prazer após um bate-papo com as amigas, isso se forem boas amigas e uma conversa agradável, obviamente. E no meu caso, se for regada a espumante ou, na falta dele, cerveja, melhor ainda. Acho que esse estudo explica muita coisa.

MUDANÇA DE PLANOS

Depois de mais ou menos um ano esperando, ontem finalmente chegou o grande dia: minha filha de 4 anos seria aia no casamento de seus dindos queridos. Pelo menos duas vezes por semana eu ouvia perguntas ansiosas, do tipo: Mamãe, quando eu vou ser aia? Mamãe, é nessa semana? Como ela adora princesas e todo imaginário que envolve o tema, eu acreditava que "ser aia" seria quase a realização de um sonho na cabeça dela. Pois bem, tudo pronto, todos arrumados, ela encantadora com seu vestido de princesa-aia, cenário perfeito. Após um rápido ensaio e algumas instruções, ela se vira pra mim e diz: Mamãe, eu não quero fazer isso. E eu, não querendo crer no que ouvia, na tentativa de enganar a mim mesma, respondo: Isso o que, minha filha? Resposta dela: Isso, apontando para o aglomerado de padrinhos em fila atrás do noivo, prontos para entrar em ação. Confesso que na hora me bateu um certo pânico misturado com constrangimento, decepção... e cumplicidade. Afinal quantas vezes eu quis desistir de algo na hora H, mas, por ter bem mais do que quatro anos, não pude? Compreendi ao olhar bem fundo pra ela que não dava, ela realmente não queria aquilo e ninguém seria capaz de fazê-la mudar de idéia. No fim deu tudo certo, já que outras crianças estavam escaladas pra mesma função e não amarelaram na hora, ainda bem. E nos divertimos demais na festa, ela em especial, como dá pra perceber na imagem. Amada!

HOLA, QUE TAL?

Gosto muito da língua espanhola. É impressionante como encarno uma portenha com facilidade. Foi assim ontem, quando assisti a um filme argentino e saí do cinema pensando em espanhol. E como se não bastasse, sonhei em espanhol, sem legendas. Me contento só com pensamentos e sonhos, já que falar e escrever eu não sei ainda. Só dou um desconto na minha admiração pelo povo argentino em época de Copa do Mundo, mais pra não apanhar do que qualquer outra coisa. Adoro Buenos Aires, gosto dos argentinos e não me importaria nem um pouco de sair pra jantar com o Javier Bardem ou com o Gael Garcia, mesmo um sendo espanhol e o outro mexicano. Hablando castelhano, tá bom.

FAXINA

Desde ontem estou na batida da limpeza, que me dá de tempos em tempos. Estou limpando e organizando tudo que posso. Deletei mais ou menos 400 mails antigos que habitavam minha caixa postal profissional desde abril. Limpei também a caixa postal pessoal, onde eu insistia em guardar mails de recordação, assim como mensagens do celular, que um dia já foram foram motivo de emoção e agora não significam mais nada. Tecla APAGAR nelas! Sem falar na minha mesa de trabalho, que depois de uma tonelada de papéis jogados no lixo, está tão organizada que quase me perco em meio às pastas etiquetadas, cada qual com seus documentos bonitinhos. Dá uma sensação boa, tudo no seu devido lugar. Bom mesmo se todas questões da nossa vida fossem assim, passíveis de uma arrumação.

TATOO

Não sei se é pela proximidade do fim do ano, época em que a gente resolve tomar decisões e atitudes radicais, mas tenho tido umas vontades no mínimo curiosas. Uma delas é a de fazer uma tatuagem. Nunca quis, mas agora tenho pensado nisso. Piercing já tive, mas infelizmente não durou dois meses, já que foi rejeitado pelo meu corpo e foi parar no lixo hospitalar da PUC, onde foi retirado. Pois bem, acho que vou entrar para o time dos tatuados. Basta decidir o que e onde.

ZZZZZZZZ

O que fazer quando, num domingo de tarde, meio nublado e com uma brisa fresquinha, se está caindo pelos cantos, olho pesado praticamente fechando e uma criatura com rosto redondinho bem branquinho fica:
1) falando sem parar?
2) insistindo pra que se leia livrinhos?
3) abrindo teus olhos a força?
A solução que encontrei foi ligar o computador e vir aqui postar enquanto ela se distrai com um desenho do Discovery Kids.
Quem mandou dormir às 4 da manhã? Bem feito. Vou fazer um Nescafé.

ANDRÉ DA ROCHA

Porque a André da Rocha é uma das ruas mais "cool" de Porto Alegre:
- fica na divisa entre o Centro e a Cidade Baixa, que são dois bairros com um charme peculiar;
- circula muita gente cheia de bossa, atitude e criatividade pra se vestir bem com pouco dinheiro;
- mescla o antigo com o moderno; tem uma atmosfera de Montevidéo;
- é perto da Ufrgs, tem copiadoras e Casa do Estudante, portanto é cheia de jovens;
- All Star é quase uniforme;
- pessoas saem pra rua calçando pantufas;

ILUMINADA

Depois de ser apontada como uma pessoa "grande" de alma (vide alguns posts abaixo), agora um amigo querido, praticante da cabala me veio com essa: segundo a doutrina judaica, eu sou uma pessoa cheia de luz! Se depender desses pontos de vista, pelo menos no campo espiritual, eu tô bem, muito bem. Salve, salve!

DEPOIS DE HORAS

Quem assistiu ao filme que dá nome a este post, vai entender como me senti na última quinta-feira, fim de tarde pré-feriadão com chuva e trânsito monstro, com engarrafamentos dignos de São Paulo. Levei 1 hora e meia do meu trabalho até minha casa, sem contar os 35 minutos que fiquei em uma loja de brinquedos me degladiando com pais histéricos que deixaram para comprar o presente de dia das crianças de última hora (me incluo nessa turma, só tirando a histeria, já que levei a situação com bom humor, mantendo a calma e principalmente a educação). E o mais bizarro de tudo é que, enquanto eu esperava na fila para pagar a Barbie geração III, uma completa desconhecida (até então) a quem dei carona (sim, dei carona, acreditando no meu feeling de que ela parecia "do bem" e sem más intenções, a não ser chegar ao seu destino após esperar, em vão, por um táxi durante mais de uma hora) me aguardava no meu carro, no estacionamento do posto ao lado da loja. E a minha maior preocupação diante do atraso era com a tal moça, que não poderia ir embora e deixar meu carro todo aberto, sem falar no que imaginei que ela poderia estar fazendo lá. Que confusão! Ainda bem que a história tem happy end, já que a Katiane é um amor de pessoa e ainda deixou um bilhete querido no porta-luvas, que só encontrei dois dias depois. E minha filha amou o presente.

FELIZ DIA DAS CRIANÇAS

PAPO CABEÇA

Ganhei meu dia hoje. Estava conversando sobre comportamento com uma pessoa muito querida, mas que conheço pouco e não tenho nenhuma intimidade e num surto de tagarelice geminiana contava uma história, quando de repente ele me interrompe e diz: é, mas isso acontece porque tu é grande. Na hora pensei: nem tanto, 1m73cm... Aí ele diz: é só te olhar que a gente percebe. Ele falava de grandeza de alma, espírito, caráter. Uhhuuu!! Valeu Rogério!

MAZÁÁÁ

Cerveja gelada, bar charmoso, clima de verão. Cenário perfeito para encontro de amigas de longa data, cada uma com seu estilo, uma bem diferente da outra, o que torna o grupo interessante. Muita risada. Das cinco, três geminianas, portanto tagarelice tripla. Não preciso de muito pra me sentir feliz. Esses bons momentos valem por dez. Gurias, ontem tava ótimo, me diverti muito e adoro vocês!

FLICKR

Passei agora lá no blog da Dani, que é meu "role model", minha referência na área, não só porque foi um dos primeiros blogs que conheci, mas principalmente por ser muito bem escrito, original, divertido, bonito e bem frequentado, entre outras coisas. E lá vi umas imagenzinhas de um tal flickr, que eu nem sei bem o que é, mas já tô com medo de ser meu próximo objeto de desejo. Será??

CARROS E FILHOS

Sempre achei que carteira de habilitação não deveria ser entregue à qualquer um. Mesmo sabendo que de uns tempos pra cá tem mil e um cursos para formar bons condutores, continuo achando que tem pessoas e pessoas. Algumas tem habilidade para dirigir, outras não, independente de quantas mil horas façam de auto-escola. Ou tu nasce com ela ou não, sabe? Venho pensando o mesmo em relação à maternidade. Não é pra qualquer uma. O grau de tolerância, paciência e auto-controle tem que ser altíssimo. Aí fico pensando nesse montão de mães por aí, algumas com 2,3,4 filhos, como é que pode?! A única resposta que encontro é o amor. Só pode ser. O amor é tanto, que ultrapassa os graus necessários de paciência, etc e tal.

PRESENÇA DE ESPÍRITO

Tenho um forte palpite de que minha vida estaria diferente se eu tivesse mais disso. Devia vender em farmácias ou em lojas de conveniência. Em drágeas.

FERRAMENTAS BLOGUEIRAS

Sabe criança com brinquedo novo? É como me sinto em relação a este blog. Utilizo parte do meu (escasso) tempo pensando no que postar e em como deixá-lo mais atraente. Já providenciei uma arte bacana para o cabeçalho, que em breve estará publicada e agora gostaria de colocar um site meter. Alguém aí sabe como faço isso?

OI E TCHAU

Acho impressionante como algumas pessoas, assim como entram na nossa vida, saem. De uma hora pra outra. Sinal dos tempos. Devia me acostumar, já que hoje é tudo assim, meio instantâneo. Mas não me acostumei e acho que nem vou. E nem quero.

SATISFACTION

Sempre me considerei uma pessoa de bom gosto musical, sem ser uma grande entendedora do assunto, exceto numa época em que trabalhei numa loja de CDs (início dos anos 90, numa era pré mp3, ipods, etc.) que tinha um acervo de respeito, um excelente gerente e ótimo comprador, clientes de alto nível, o que contribuiu muito para refinar meu ouvido. Sem falar nas boas referências passadas pela minha mãe, minha irmã e amigos em geral, alguns deles músicos. Nunca esqueço do primeiro LP que comprei, aos 11 anos, quando fui pra Disney: Sticky Fingers, Rolling Stones, edição com direito a zíper na capa. Bem, tudo isso pra dizer que venho me surpreendendo comigo mesma nos últimos tempos. Troco facilmente um Radiohead por um John Legend (hit da novela das 8), um Coldplay pelo Celso Fonseca (Se ela dança, eu danço - versão "bossa noveada"), uma Marisa Monte pelo James Blunt ou pelo Jack Johnson, e por aí vai. Só sonzinho que, nos velhos tempos, eu chamaria de "mela cueca". Talvez seja só uma fase, talvez não. Mas uma coisa não muda: o arrepio na espinha e a agitação no cérebro que sinto quando ouço a voz do meu querido Mick Jagger. Esse sim, sempre vai me fazer feliz, até eu ficar velhinha, que nem ele tá ficando.

PAUTA CHEIA

Sabe quando tudo resolve acontecer ao mesmo tempo? E a gente precisa dar conta de todos os assuntos, sem esquecer de nenhum? Mesmo que, entre eles, tenha de tudo: os bem importantes, os mais ou menos importantes, os urgentes, os profissionais, os pessoais, os "saia justa" e por aí vai. Tô tentando classificá-los, o problema é qual critério adotar. Preciso zerar a pauta, ou pelo menos diminuir as demandas. Nessas horas eu queria ser virginiana.

OI, MEU NOME É JOSÉ

Qualquer pessoa que frequentava os bares do Bonfim ou hoje vá aos bares da Cidade Baixa, em Porto Alegre, conhece ele. Caso algum leitor não se enquadre nesse perfil, explico: ele é um vendedor de incensos que circula pelos bares, apresentando seu produto. É uruguaio (ou argentino, não sei) e não faz a mínima questão de falar português, mesmo estando aqui há pelo menos uns 25 anos. Não me lembro bem o que eu disse à ele há muitos anos atrás, com certeza algo nada gentil, que fez com que ele nunca mais chegasse perto de uma mesa onde eu estivesse nesses anos todos. Pois bem, nesse fim de semana "fizemos as pazes". Ele não só me ofereceu incenso, como botou um grudado no meu nariz pra eu sentir BEM o aroma. Blécs! Se tem uma coisa que eu não suporto é incenso, não importa a origem, o "blend", pra mim é tudo ruim e enjoativo igual. Nada como o tempo pra curar antigas mágoas. E nada como um bom analgésico pra curar minha dor de cabeça hoje, que eu aposto que é pelo incenso e não pelas cervejas que tomei.