POA - GRA - CB - POA

Roubada que se preze tem que ser completa. A volta de Gramado num domingo à tarde com quatro mulheres a bordo do carro, que por um descuido estava em situação irregular junto ao Detran, poderia ser uma viagem tranquila, mas não foi. Nada como um policial mal humorado e provavelmente também mal amado para complicar as coisas. A sensação de impotência que dá numa hora dessas é indescritível. Não adianta ter dinheiro, cartões, lábia, uma criança dormindo sob efeito de Dramin, nada. Sem sensibilidade e boa vontade, nada adianta. E o pior é ter que aceitar e achar o máximo a oferta de carona na viatura da polícia até à rodoviária de Campo Bom, cidade mais próxima do local da abordagem. Isso porque o carro seria apreendido e guinchado. Ainda bem que em ônibus intermunicipais não se cobra por excesso de bagagem, já que tínhamos, entre outras muitas coisas, um enorme, pesado e delicadíssimo vaso de cristal Bacarat, recém adquirido. Nesses momentos, bom humor é tudo. Que bom que ele dificilmente me abandona. Pra fechar esse dia como merecia, só mesmo brindando com uma dose de Natu on the rocks. Mas essa é uma história pra outro post.